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Assédio Online: 66% das Jogadoras Enfrentam Abusos em Jogos Virtuais

09/09/2024
às
12:20
3 min de leitura
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Assédio Online: 66% das Jogadoras Enfrentam Abusos em Jogos Virtuais
Lucas Andrade

O mundo dos games pode ser um lugar incrível, repleto de aventuras, desafios e amizades. No entanto, ainda é uma realidade preocupante que duas em cada três jogadoras enfrentam assédio ao jogar online. Um relatório importante intitulado “Por que os jogos ainda têm um problema com as mulheres”, publicado pela Sky News, examina a misoginia e o ódio direcionado às mulheres em plataformas de jogos, como Discord e em partidas multijogador.

A Experiência de Jogadoras em Ambientes Online

A pesquisa, conduzida pela jornalista de tecnologia Mickey Carroll, revelou a intensidade do assédio enfrentado. Carroll, ao ser atacada verbalmente em uma plataforma de jogo, recebeu uma avalanche de insultos, simplesmente por sua foto de perfil indicar que era mulher. Diante das ofensas no Discord, a resposta do agressor foi uma mistura de desprezo e discursos de ódio, que refletem um ambiente hostil e excludente.

O estudo, coordenado por Jenny McBean da Bryter, revelou outros dados alarmantes. Comentários sexistas costumam ser o ponto de partida, muitas vezes evoluindo rapidamente para ameaças mais alarmantes, incluindo ameaças de violência física. Das cerca de mil jogadoras entrevistadas no Reino Unido e nos EUA, 72% relataram experiências de toxicidade online em 2022. Embora esse número tenha diminuído para 65% em 2023 – uma mudança positiva – ainda é um percentual preocupante.

Embora a redução das experiências de assédio seja um sinal de esperança, 20% das jogadoras afirmaram ter optado por não jogar online devido ao medo de assédio. Além disso, uma em cada dez entrevistadas relatou ter sido ameaçada de estupro, revelando a gravidade da situação.

A Importância da Inclusão e do Apoio

A jovem atleta de e-sports Mathilde compartilhou sua perspectiva, afirmando que ser mulher no mundo dos jogos é “assustador”. Para ela, a autoconfiança é fundamental, e a necessidade de se impor diante de agressores é uma realidade constante. Stephanie Ijoma, fundadora da agência de diversidade e inclusão NNESAGA, também destacou a luta contra um sistema que frequentemente marginaliza as mulheres, especialmente as mulheres negras, que enfrentam uma carga de abusos ainda mais intensa.

Em resposta à crescente preocupação com a segurança de suas usuárias, o Discord afirmou que toma medidas imediatas quando casos de assédio são reportados, enfatizando que a segurança está integrada em todos os aspectos de seu serviço, com uma combinação de ferramentas proativas e reativas.

Se você se encontra em uma situação semelhante e precisa de apoio, a Fundação Cybersmile oferece recursos e ferramentas dedicadas para ajudar a lidar com abusos em ambientes de jogo.

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